Category Archives: Confissões

Confissão maternal

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Qualquer adulto que lide prazenteiramente com crianças sabe que estas pensam que os seus progenitores são omniscientes e daí a quantidade infindável de “porquê isto, porquê aquilo”. Ora qualquer pai e mãe não precisa de o ser para saber que de omnisciente pouco temos. Daí a minha sensação de “fracasso”, às vezes de burrice mesmo, quando a minha resposta é “não sei”. O problema é que fico mesmo a matutar naquilo e a pensar com os meus botões que deveria ter estado mais atenta a certas aulas de Ciências Naturais e até de Físico-Química.

Self-reflection

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“Amazing how easily I can talk to complete strangers and open up about more private affairs. What I think most do in their daily lives, with their friends, relatives, close ones, I seem to be doing faster with unknown ones. The fact that it’s been happening for many years now just confirms my dual side personality. Have I regretted any of this? No, I have not. Actually, it has allowed me to get to know myself a lot better and what I want and need in many areas of my personal life. Will it go on? Most likely, as it makes up for what I lack and am unable to do. Is it right? Maybe not, but it’s how things stand right now and I feel happy this way.”

Para O Gajo

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Gajo, eu venero-te. E tu sabes disto. Ao menos escreve um livro para que o possa colocar debaixo da minha almofada e dormir bem agarradinha a ele e sentir-lhe o cheiro e pensar que ainda há muito por desvendar.

(Nota: quem ler isto, não venha cá com comentários javardolas ou dúbios. É ler e calar o bico, sim?) 

 

Saudades de quem vive

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Tenho saudades de ti, a quem nunca vi, porra!

Não sei se a vida te corre de feição, se ainda conduzes a 200 km/h, se continuas o mesmo machista liberal brincalhão mister knows-it-all, …

Tenho saudades de embirrar contigo, de te espicaçar verbalmente, de ouvir os teus disparates, de te ler. E sabes bem que não sou a única.

Pronto, já sabes!

Sinais dos tempos

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Senti um alívio quando me apercebi que não íamos ser convidados para mais uma festa: ver as mesmas caras, falar dos mesmos assuntos, ouvir as mesmas piadinhas já sem graça nenhuma, marcar presença apenas porque “fica bem”…tudo isto já deixou de fazer parte dos meus hábitos. Mesmo quando se trata duma pessoa que foi uma das nossas grandes amigas, num passado longínquo, e que (também) a distância física fez questão de nos tornar ainda mais distantes. Penso que já não a conheço, nem aos dela. Ela dirá o mesmo de mim e dos meus, certamente.